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sábado, 3 de março de 2012

Justiça determina reintegração de fazenda ocupada por MST na Bahia

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A juíza substituta Nêmora Jansen, que responde pela cidade de Alcobaça, na região sul da Bahia, concedeu nesta sexta-feira (2) liminar determinando a reintegração de posse da fazenda de cultivo de eucalipto ocupada por cerca de mil mulheres do MST. A propriedade é do grupo Sezano Papel e Celulose, que deu entrada com a ação na Justiça. A medida não foi cumprida até a noite desta sexta. As mulheres estão acampadas no local desde o dia 1° de março em protesto contra o êxodo rural que seria provocado pela cultura do eucalipto.
De acordo com Evanildo Costa, coordenador do movimento na Bahia,  já foram derrubados aproximadamente 20 hectares de plantação de eucalipto. "Vamos plantar feijão e outros alimentos aqui. Não vamos deixar o local. Depois que sairmos para ocupar outra área, outras famílias do movimento vêm para o acampamento", afirma Evanildo Costa. O coordenador do MST na Bahia informou ao G1 que todo eucalipto derrubado pelas mulheres do movimento foi colocada em uma área próxima ao acampamento.
Esta é a segunda ocupação pelo mesmo motivo no extremo sul da Bahia. A última ocorreu no dia 28 de março do ano passado, na cidade de Eunápolis. A direção nacional do MST divulgou nota por volta das 10h e relata que o monocultivo do vegetal gera o "descaso social e ambiental, desemprego e expulsão do homem do campo".
Em nota, a empresa dona da propriedade confirmou a ocupação e informou que a invasão foi comunicada às autoridades do Estado da Bahia "e as medidas judiciais cabíveis já estão sendo providenciadas".

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