Pages

segunda-feira, 14 de maio de 2012

JOSÉ RAIMUNDO, EX “BISTUNTA” O ex-mendigo que quebrou meu dedo e consertou meu coração

1 comentários
 

Era comum nas ruas de Ibicaraí o bater de latas, regado a palavrões, músicas de duplo sentido e um odor insuportável, mistura de bebida alcoólica e urina.  O responsável por isso se chamava “Bistunta”, que significa “feito de qualquer jeito”.  Muitos o aplaudiam e achavam engraçado aquele quadro. Algumas pessoas postaram na internet, vídeos dele bêbado, falando palavrões, como se isso fosse algo espetacular.  Vi, um dia, em frente a minha casa, um grupo de rapazes debochando e rindo daquela pessoa, achando engraçado tudo o que ele fazia. Mas o quadro real era este: por várias vezes, vi José Raimundo, ainda Bistunta, deitado ao relento, no frio, ou no sol, somente com um short fino a cobrir sua pele.

Lembro-me de uma vez, sentado na poltrona da minha casa, assistindo TV, quando Bistunta bateu na janela. Estava chovendo, fazendo frio e quando abri a janela, me deparei com ele sujo, rasgado, mal cheiroso, e pedindo para entrar. Fiz o que é de costume fazer: transferi a responsabilidade para outra pessoa. Disse a ele: “Vá dormir ali, na varanda do vizinho!”. Ele me disse: “Lá não! O vizinho não deixa! Deixa eu dormir na garagem!”. Insisti dizendo “não”. Fui até a cozinha, peguei algo para ele comer e fechei a janela.

Naquela noite não consegui dormir, com a interrogação: “Que espécie de cristianismo é o meu?  Diante disso, o que Jesus faria?  Transferir a responsabilidade ou fazer o que tem que ser feito?”. Levantei da minha cama, orei ao Senhor, pedi perdão pelo meu pecado e prometi a Deus que faria alguma coisa caso ele aparecesse novamente.

Compartilhei a minha crise com um grupo de oração da nossa Igreja, e nos reuníamos das 17h as 18h, orando diariamente por “Bistunta” e também por outras situações difíceis da Igreja.

Um dia ele apareceu, sem fugir à regra: mal cheiroso, com fome, largado ...

Dei banho, consegui roupas novas, fiz a barba, cortei o cabelo. Almoçou e saiu. Isso aconteceu umas três vezes, esporadicamente.

Na última vez, me perguntou: “o que faço para entrar na “lei de vocês”?”. Isso eu ouvi da boca de um homem que estava há 35 anos nas ruas e todos o consideravam como louco e sem recuperação.

 Então lhe falei do Plano de Salvação que há em Cristo Jesus, e perguntei: “Você quer receber Jesus Cristo como seu Salvador pessoal?”. Ele me disse: “Sim!”. Almoçou e marquei com ele que voltasse às 18h para irmos à Igreja. Confesso que um pouco descrente, fui surpreendido por ele me aguardando em frente a minha casa, às 17:45h. Isso aconteceu no  dia 25 de agosto de 2010.

Fomos à Igreja e algo me chamou a atenção: a surpresa dele em estar na Igreja e a surpresa da Igreja por ele estar ali.

Diante disso, surgiu uma interrogação: “Onde colocar José Raimundo?”.

Como resposta de oração, Deus já vinha trabalhando no coração do irmão Genilton, com o desejo de “mergulhar” no trabalho de Ação Social. Inicialmente, colocamos José Raimundo, em uma das dependências da Igreja. Intensificou aí uma batalha espiritual quanto a uma legião de demônios que habitavam em sua vida. Por muitas vezes, os demônios o usavam quebrando vidro, garrafas térmicas, vestindo roupas sujas, defecando no quarto, urinando na cama, rasgando a própria Bíblia que um diz foi recebida com carinho e cuidava dela com muito zelo e destruindo presentes que lhe foram ofertados. Tudo isso para que a Igreja desistisse do cuidado e intercessão por ele. Em uma dessas vezes estava muito agressivo e findei quebrando o meu dedo anelar direito. Mas isso “consertou” meu coração: aprendi que deveria tratá-lo com mais carinho e paciência.

O tempo passou e o irmão Genilton Pimentel intensificou seu trabalho rumo a realização do sonho: criar um Centro Social. Hoje, o Centro Social está aberto há um ano e lá mora José Raimundo e outras quatro pessoas.

Para a glória de Deus, hoje José Raimundo é uma pessoa lúcida, útil, asseado, respeitador e sonhador. No último dia 13 de maio, ele desceu às águas do batismo, segundo o ensinamento das Escrituras Sagradas, ao som de sua música-tema: “Uma Nova história Deus tem pra mim” e mais tarde, cantou com toda a Igreja  “Quem pode livrar como o Senhor?”.


Essa é a nova história do ex-mendigo “Bistunta”, hoje José Raimundo.

Autor: Pr Hermervaldo Macedo Oliveira

Leia mais...
domingo, 13 de maio de 2012

A ABCCI COMEMORA O DIA DAS MÃES COM 200 FAMÍLIAS

1 comentários
 







A ABCCI, Associação Beneficente da Comunidade Carente de Ibicarai, comemorou ontem dia 12 de maio de 2012, no Colegio Jairo Carneiro, no Bairro Delfino Guedes (MUTIRÃO), o Dia das Mães, com 200 (duzentas) familias cadastradas na Associação.
Foi uma tarde/noite de muita festividade para todas as familias ali presente.
Podiamos ver no semblante de todos a alegria de estar participando daquela festa comemorativa ao dia das Mães.
Neste dia de festa, a diretoria da Associação, através do seu representante legal o Sr. ALONSO SALES DE OLIVEIRA,  sorteiou entre às 200 (duzentas) familias ali presente 20 (vinte) cesta básica, onde foi um momento de muita ansiedade e expectativa para aquelas familias, porque todos estavam torcendo para que o seu nome fosse sorteado.
É desejo da Diretoria , que num futuro proximo, a cada reunião, venhamos comtemplar a todas as 200 ( duzentas) familias cadastradas, acabando assim, se DEUS quiser, com os sorteios. E não vamos medir esforços para que isso aconteça o mais rapido possivel.
Após o sorteio todos os presentes se abraçaram e se alegraram,  agradecendo a DEUS, por esta data magna.
Em seguida a diretoria proporcionou a todos os presentes um delicoso lanche acompanhado de refrigerante.


A ABCCI  PARABENIZA A TODAS AS MÃES DE IBICARAÍ, PELO SEU DIA.














Leia mais...